Descripción de la Exposición ------------------------------------------------------- -------------------------------------------------------
Artistas: Conceição Abreu, Catarina Botelho, Driss Ouadahi, Luís Palma, Miguel Palma y Pedro Valdez Cardoso.
Miguel Palma, Black Cotton, 2012, balança de ferro, alfinete, boneca de
cerâmica, algodão, 72 x 48 x 23 cm
Cartas do Meu Magrebe (2011) reúne as crónicas que resultaram da viagem levada a cabo por Ernesto de Sousa, que, com o objectivo de apresentar o «Dom Roberto» num festival de cinema em Mannheim, Alemanha, fez um longo desvio pelo Magrebe (Marrocos, Argélia, Tunísia). Era o ano de 1962. Viviam-se as transformações políticas fruto da conquista das independências. Porém, nas suas crónicas, sentimos que ao olhar puramente jornalístico, o autor sobrepõe a descoberta pessoal da importância da cultura do Norte de África na nossa própria cultura.
Este livro é um exemplo das abordagens a esta história problemática, que por via da literatura, do cinema ou das artes plásticas, começam a ser publicadas, exibidas, discutidas, olhadas. Porque a verdade é que a nossa relação com África é difícil de digerir quando recuamos no tempo, mas também o é no quotidiano presente. Talvez o passado estivesse mais localizado numa relação país/continente e, hoje, inseridos numa abordagem mais ampla, inscrevemo-nos na dualidade Europa/África. Mas a leitura das impressões de Ernesto de Sousa, relembra-nos que fazemos parte de um mapa que une várias culturas milenares (que se informam entre si) derivadas de um mesmo Mar. O Breviário Mediterrânico, livro do jugoslavo Predrag Matvejevitch, inicia-nos ao vocabulário com uma série de parágrafos que terminam em afirmações/axiomas. O Mediterrâneo não é apenas uma geografia. A Europa nasceu no Mediterrâneo. O Mediterrâneo e o seu discurso são inseparáveis.
Esta condição geográfica de que fazemos parte, esta história, cultura e discurso tem vido a ser fragmentada, e, este Mar que une parece apenas separar, em vez de estreitar faz crescer a distância. Falamos das fronteiras que por vias políticas e económicas, são realçadas e tentam apagar a miscigenação cultural existente entre a Europa e o Norte de África. No documentário intitulado Bab Sebta (2008), que significa em árabe 'A porta de Ceuta' e é o nome da passagem na fronteira entre Marrocos e Ceuta, alguém refere um graffiti, encontrado nas ruas da cidade onde convergem aqueles que, vindos de várias partes de África, procuram chegar à Europa. Nós não atravessamos fronteiras, as fronteiras é que se atravessam entre nós. É sem dúvida este trespassar, este nevoeiro, esta indistinção voluntária entre lugares que a prática e pesquisa artística toma como desvio do olhar.
Este olhar, ainda que tenha um referente comum é invocado pelo desdobramento de uma memória que cruza o genérico com o singular, mas que se assume, vincadamente, polissémica. O momento mais longínquo na linha temporal é invocado pela peça Black Cotton (2012) de Miguel Palma (PT, 1964), em que a memória factual é subvertida no triângulo constituído pela ideia de poder, pelo universo infantil e pela obsessão da máquina. Diametralmente oposta à memória colectiva, coloca-se a proposta de Conceição Abreu (PT, 1961) na instalação Apontamentos (2012) composta por desenhos e fotogramas que emergem de uma memória pessoal. Entre o facto e o afecto desenha-se o horizonte do mar, que continuamente cria o desejo de o franquear e ao mesmo tempo a impossibilidade de o fazer, Anatomia de um Sonho (2009-2012) de Luís Palma (PT, 1960) documenta a memória abstracta das fronteiras. As migrações, as trocas, ocorrem há muito no Mediterrâneo. Na série entre nós e as palavras (2011), Catarina Botelho (PT, 1981) dirigindo-se, em contracorrente, de Norte para Sul, procura na memória da experiência um tempo outro no qual o seu olhar participa. Os objectos contraditórios produzidos por Pedro Valdez Cardoso (PT, 1974) têm como base a memória construída resultante da incorporação das representações: local/global, vernacular/exótico, colono/colonizador. Destes mesmos pares-em-tensão, mas partindo da memória vivencial, surge a prática de Driss Ouadahi (DZ/DE, 1959), que evocando o seu percurso biográfico (nascido em Casablanca, cresceu em Argel e hoje vive em Dusseldorf) mapeia, num único plano da pintura, várias movimentações de pessoas entre países, ideologias e intenções.
Grandes Eventos, 18 jun de 2012
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