Descripción de la Exposición A Kunsthalle Lissabon apresenta, no seu novo espaço na Avenida da Liberdade 211, A organização das formas, a primeira exposição individual de Mariana Silva. Em Uma composição para dois, a dois momentos diferentes (2011), peça central da exposição, dois canais video são sobrepostos num mesmo ecrã. Uma das projecções é o vídeo de 1978 que documenta a performance Trio A de Yvonne Rainer (bailarina, coreógrafa, e cineasta), interpretada pela própria, cuja coreografia é parte da sua peça minimalista de 1968 The Mind is a Muscle. A segunda projecção consiste numa faixa de legendas baseadas no estudo de 1976 da historiadora Mona Ozouf, sobre as paradas da revolução francesa. É nestas paradas que o pintor Jacques-Louis David se destaca como um dos seus primeiros orquestradores, concebendo a participação dos cidadãos como parte integrante de um novo regime de cidadania inaugurado pela república. Por sua vez, Trio A é concebido partindo de movimentos comuns (pedestrian, nas palavras da autora), e passível de ser ensinado independentemente da formação de quem o aprende. Desde a sua participação no Judson Dance Theatre, que a recepção e crítica da sua obra, e nomeadamente de Trio A, tem vindo a debater o lado democrático do seu trabalho coreográfico minimalista. O gesto de sobreposição conflui assim duas instâncias de movimento coreografado: as paradas públicas desenvolvidas pelo pintor da Revolução Francesa e a coreografia Trio A de Yvonne Rainer e, nesse processo, investiga a ideia de um enactment sensual de cidadania. Une affaire de creux et de bosses (2011) é uma sessão única que terá lugar dia 18 de Outubro, às 22:00, no cinema Nimas, em Lisboa, e que prolonga a exposição patente na Kunsthalle Lissabon. O evento reúne um vídeo HD de 30 minutos e a difusão de um perfume histórico durante a sua visualização, proporcionando simultaneamente uma experiência visual e olfactiva. O vídeo consiste numa deambulação por vistas do Museu do Louvre, em Paris, e mais especificamente, pelas suas colecções de estatuária egípcia, greco-romana, medieval e barroca. As vistas são construídas a partir de um livro de estampas que retrata, em três dimensões (3D), os diversos espaços ocupados pelas colecções do museu. Parfum à la Guillotine, desenvolvido com o perfumista Lourenço Lucena para esta sessão única, é a recriação do perfume desenvolvido durante a Revolução Francesa para combater o decréscimo de vendas que esta terá provocado. Evocando as curtas experiências de cinema olfactivo dos anos sessenta, pretende-se sobrepor à inquietação das imagens turísticas do Louvre, tintadas no azul e vermelho das primeiras experiências cinematográficas em 3D, a estranheza de um perfume criado à imagem da guilhotina. Este evento desenvolve-se assim como uma espécie de mise en abîme de referências à iconoclastia revolucionária que fundou o primeiro museu público nos paços reais e inventou para si o símbolo da pilhagem ao serviço de uma história visual que o museu universal iria estabelecer e devolver aos povos democráticos. Mariana Silva (Lisboa, 1983) vive e trabalha em Lisboa. Participou em várias exposições colectivas, das quais se destacam 'Às Artes, Cidadãos!' (Museu Serralves, Porto, 2011), 'For Love, not Money' (15th Tallin Print Triennial, Tallin, Estónia, 2011), Entrevista Perpétua' (Cristina Guerra Contemporary Art, Lisboa, 2010), 'Into the Unknown' (Ludlow 38, Nova Iorque, EUA, 2010), 'República ou o Teatro do Povo' (Arte Contempo, Lisboa, 2009), 'BesRevelação 2008' (Museu Serralves, Porto, 2008). Foi artista residente na 5th Sommerakademie, Paul Klee Zentrum, Berna em 2010 e no iscp (International Studio & Curatorial Program), Nova Iorque em 2010.
Exposición. 17 dic de 2024 - 16 mar de 2025 / Museo Picasso Málaga / Málaga, España
Formación. 01 oct de 2024 - 04 abr de 2025 / PHotoEspaña / Madrid, España